domingo, 30 de janeiro de 2011

Ingênua madrugada
que dorme tranquila
ignorando o perigo.

Esquece daqueles que ferem
e são feridos.
Jogados no chão
tendo estrelas como proteção.

São flagelados da sorte
aguardam apenas a chegada da morte.
Lá estão eles.

Mãos trêmulas
corpos sujos
olhares distantes
sonhos roubados.

Perdidos nas esquinas
da cidade de pedra.
Lá estão eles, os ignorados.

Triste sina
desta vida sofrida.
Esperança enterrada
e há muito tempo perdida.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Nos guardamos como segredos, por quê? Hoje decidi ficar nua, estou deixando cair a máscara que me tornava uma outra. O desejo de fazer o blog nasceu da necessidade de uma descoberta ou apenas da teimosia de uma procura. Quero viver de escrever emoções. Estou indo...nas esquinas do silêncio, busco um pouco a minha identidade.Escrevo palavras tímidas como uma criança sendo alfabetizada, que desenha as primeiras letras. Tenho um longo caminho a percorrer . Entre as boemias das nossas conversas, entre os olhares inquietos por respostas, fui convidada a ousar. E pensei: " só vejo dois caminhos: ou viro doida ou santa". Ainda não sei qual a melhor estrada a seguir, mas carrego em mim infinitas possibilidades de ser várias sem deixar de ser eu mesma. É, o ser humano é múltiplo, isso fascina.